A retirada de Kevin Benavides não passou despercebida aos principais responsáveis da Red Bull KTM Factory Racing. Tanto Robert Jonas como Andreas Hölzl prestaram homenagem ao argentino, reconhecendo a sua influência dentro e fora de pista.

Robert Jonas, Vice-Presidente de Offroad Racing, destacou o impacto imediato de Benavides: ‘Foi um verdadeiro privilégio ter o Kevin como parte do nosso programa de ralis. Chegou à equipa como vencedor do Dakar e trouxe de imediato algo especial – não só em termos de resultados, mas também pela atitude, forma de competir e energia que transmitiu ao grupo’.

O dirigente sublinhou ainda o marco da vitória em 2023: ‘Ganhar o Dakar novamente em 2023 connosco foi um momento de destaque, mas para além dos troféus, o Kevin sempre representou o que é ser um piloto de topo’.

Já Andreas Hölzl, responsável máximo da equipa de ralis da KTM, mostrou-se comovido com a despedida: ‘Não é fácil ver o Kevin retirar-se, especialmente depois de tudo o que passámos juntos nestes últimos anos. Desde que chegou à equipa, trouxe paixão, determinação e profissionalismo’.

Hölzl concluiu com gratidão e respeito: ‘Partilhámos momentos incríveis – nenhum maior do que a vitória no Dakar em 2023 – e ele sempre foi um verdadeiro jogador de equipa. A sua presença fará falta, mas orgulhamo-nos de ter feito parte do seu percurso e desejamos-lhe o melhor para o que aí vem’.

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A saída de Kevin Benavides da competição foi marcada por várias homenagens dentro da estrutura KTM, incluindo palavras sentidas de Pit Beirer, director desportivo da KTM Motorsports. Através de uma nota oficial, Beirer destacou o impacto positivo que o argentino teve desde o primeiro momento.

‘Um enorme obrigado ao Kevin por tudo o que trouxe à Red Bull KTM Factory Racing ao longo dos últimos cinco anos. Desde que se juntou à nossa equipa como vencedor do Dakar, trouxe consigo uma vasta experiência, determinação e um verdadeiro espírito de corrida’, afirmou.

Beirer recordou o feito memorável de 2023 como um dos momentos altos da colaboração entre piloto e equipa: ‘A sua vitória no Dakar em 2023 connosco foi um momento especial para todos nós, e a sua presença no paddock e na equipa vai certamente fazer falta’.

Para além dos resultados, o responsável sublinhou a influência de Kevin no seio da estrutura de ralis: ‘O Kevin foi uma peça-chave no nosso sucesso em rali e na nossa família de competição mais alargada, e apoiamos totalmente a sua decisão de se afastar nesta fase’.

A concluir, Beirer deixou votos de sucesso para o futuro: ‘Desejamos-lhe tudo de bom no que quer que venha a seguir’.

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O piloto argentino Kevin Benavides anunciou oficialmente o fim da sua carreira no motociclismo profissional, encerrando assim um percurso recheado de conquistas. Duas vezes vencedor do Rali Dakar, Benavides colocou um ponto final numa ligação de cinco anos com a Red Bull KTM Factory Racing, marcada por vitórias históricas e momentos inesquecíveis.

Benavides, que se juntou à KTM em 2021 após vencer o Dakar nesse mesmo ano, reforçou o seu estatuto ao conquistar um segundo título em 2023, desta vez aos comandos da KTM 450 RALLY. A sua última participação no Dakar, em 2025, teve um sabor especial ao correr ao lado do irmão Luciano, concretizando um sonho de longa data.

Na hora da despedida, Kevin expressou o peso da decisão, mas também a gratidão: ‘Hoje não é um dia fácil, mas é definitivamente um dia especial. Depois de tantos anos a competir – a andar de moto desde os três anos, a cruzar os terrenos mais duros do planeta, a viver vitórias, quedas e lições que mudam a vida – tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida: pôr fim à minha carreira no motociclismo profissional. Dizer adeus à moto é como deixar uma parte de mim, mas faço-o com orgulho’.

O piloto recordou ainda o percurso que o levou de Salta, na Argentina, até ao topo do mundo: ‘Desde Salta para o mundo, tornar-me piloto de fábrica, vencer duas vezes o Dakar e fazer história no rali e no desporto argentino – foram sonhos que pareciam impossíveis. Esta não é a forma como imaginei a retirada, mas a minha lesão impede-me de competir a 100%, e sempre corri com tudo o que tinha’.

Apesar do adeus, Kevin não se afasta totalmente do universo KTM: ‘Quero agradecer à minha família, à minha equipa, aos fãs, e especialmente à KTM – por acreditarem em mim e estarem ao meu lado em tudo. Espero continuar ligado à família KTM, apoiar o Luciano e contribuir para o desporto de novas formas. O Dakar ensinou-me que não há limites quando se ama o que se faz e se mantém a humildade. Obrigado por fazerem parte desta viagem’.

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Chega ao fim uma das carreiras mais marcantes do motociclismo todo-o-terreno. Pablo Quintanilla, piloto chileno e referência incontornável do rally raid mundial, anunciou a sua retirada da competição profissional, após 15 anos de dedicação total ao desporto.

Natural de Valparaíso, Quintanilla começou a dar nas vistas logo em criança, quando entrou no motocross aos seis anos. O talento, aliado a uma ética de trabalho inabalável, levaram-no a destacar-se no panorama internacional do rally. O seu palmarés inclui dois títulos mundiais de Ralis Cross-Country (2016 e 2017) e três presenças no pódio do Rally Dakar, com dois segundos lugares em 2020 e 2022 — feitos que o consagram como o mais bem-sucedido piloto chileno na modalidade.

Desde 2021, representava a equipa oficial da Honda, Monster Energy Honda HRC, onde se afirmou como peça-chave do projeto. A vitória no Rali de Marrocos, o espírito de liderança e a consistência demonstrada tornaram-no num dos pilares da formação japonesa.

Contudo, a sua carreira sofreu um duro revés na edição de 2025 do Dakar, quando uma queda violenta na oitava etapa resultou em perda de consciência e múltiplas contusões. Embora tenha recuperado fisicamente, o acidente levou-o a tomar a decisão mais difícil da sua vida desportiva: pôr um ponto final no percurso competitivo.

No momento do anúncio, Quintanilla deixou uma mensagem sentida e serena:

Hoje foi um dia muito importante para mim. Anunciei a minha retirada do motociclismo profissional após 15 anos a dar tudo de mim.
Tive a oportunidade de conquistar dois títulos mundiais e subir três vezes ao pódio no Dakar.
Cumpri muitos dos meus sonhos, e isso deixa-me profundamente orgulhoso.
Nos últimos anos tive o prazer de integrar a equipa Monster Energy Honda HRC.
Despeço-me do mundo das motos com um sorriso. Vivi o que tinha de viver, fiz grandes amizades pelo caminho, e guardarei todas essas memórias comigo.

A equipa Honda já reagiu à notícia, agradecendo ao piloto pelo seu contributo inestimável. ‘Obrigado por cada quilómetro, cada vitória, cada esforço e cada momento partilhado. Esta será sempre a tua casa’, escreveu a formação japonesa nos seus canais oficiais.

Com esta despedida, fecha-se um capítulo dourado do motociclismo sul-americano. Pablo Quintanilla sai pela porta grande, com a admiração de todos os que o acompanharam ao longo dos anos — colegas, adversários e adeptos.

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António Maio ganhou este fim de semana o XXXVII TH Clothes Raid Ferraria na classe Trail, a bordo da Yamaha Ténéré 700 neste seu novo projeto com a marca.

A prova percorreu estradas em terra nos concelhos de Ponte de Sôr, Gavião e Abrantes, com um prólogo e dois longos setores seletivos.

Dominador desde o início, Maio concluiu a prova com 44m12,1s de avanço perante Alexandre Azinhais (KTM), que foi segundo em Trail, e acabou na 13.ª posição absoluta a 28m07s do vencedor, Micael Simão (Mundimat Racing Team/GasGas).

Em comunicado, o piloto alentejano afirmou: ‘Fizemos mais um Raid Ferraria. Foi uma prova espetacular, com uma organização excelente e um percurso fantástico muito bem marcado que nos proporcionou momentos únicos. A nossa Ténéré 700 portou-se ao mais alto nível, não tivemos qualquer problema. Foi uma prova muito dura, com um terreno muito rijo e exigente. A primeira parte da corrida era sinuosa e trabalhosa, mas depois veio uma segunda parte mais rápida onde a mota mostrou toda a sua versatilidade. Fiquei muito satisfeito com o resultado. Estou muito motivado para continuar a trabalhar e a desenvolver esta mota, porque há ainda muita coisa que podemos melhorar a nível de afinação. Estamos num bom caminho e quero agradecer este resultado a todos os patrocinadores e à equipa que acreditam neste projeto’.

Por Bernardo Matias

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António Maio está de regresso ao Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno este fim de semana no Raid TT Ferraria, competindo com uma Yamaha Ténéré 700. A prova será de 23 a 25 de maio.

Inscrito na classe Trail, o piloto de Borba dá seguimento ao seu novo projeto com a Yamaha Portugal, que abrange o desenvolvimento de uma moto que tem dado cartas nos ralis – incluindo na exigente Africa Eco Race.

Em comunicado, Maio comentou: ‘Estou muito motivado por voltar às provas do CNTT com a Yamaha Ténéré, especialmente numa corrida com o simbolismo e a tradição do Raid Ferraria. Esta será mais uma oportunidade para evoluirmos e trabalharmos no desenvolvimento desta moto num contexto competitivo exigente’.

Antes da Ferraria, Maio disputou a ronda inaugural do Troféu Yamaha em Évora no fim de semana passado, uma participação que justificou: ‘A ideia era mostrar a versatilidade da Yamaha Ténéré 700. Mesmo numa pista sinuosa e com um piso enlameado a moto consegue ser ágil, rápida e confortável acima de tudo. Foi um momento que abrilhantou o Troféu Yamaha e um bom treino para mim. Foi um dia fantástico dedicado ao motociclismo’.

Com a designação oficial XXXVII TH Clothes Raid Ferraria, a prova desenrola-se entre Abrantes, Ponte de Sôr e Gavião, com base em Ponte de Sôr. Serão 387 km cronometrados (prólogo de 7 km na sexta-feira, primeiro setor seletivo de 190 km no domingo e segundo setor seletivo de 190 km no domingo).

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Em 2022, de forma surpreendente e totalmente inesperada, Danilo Petrucci abraçou o desafio de disputar o Dakar – saindo das pistas de asfalto sem qualquer preparação prévia, integrando um projeto com a KTM Tech3.

O desafio foi considerável para o italiano, até porque se lesionou poucas semanas antes e pouco ou nada conhecia dos ralis. Mas não se coibiu de tentar e até ganhou uma etapa antes de cair e abandonar. Petrucci recordou essa aventura em entrevista ao podcast La Merenda:

– Foi fazer o Dakar como quando os elefantes antes de saírem da manada, ou como aqueles que enfrentam os Caminhos de Santiago. Eu não sabia nada sobre a corrida e não conhecia ninguém. Um mês antes tinha partido o meu tornozelo e todos estavam preocupados comigo. Eles estavam a aconselhar-me a ir devagar para evitar cair, como depois aconteceu. No entanto, antes de abandonar, ganhei uma etapa.

Petrucci contou também como viveu essa sua vitória na quinta etapa do Dakar 2022: ‘Descobri que cheguei em primeiro no itinerário que me levou até ao bivouac, que são 160km de autoestrada. Eu estava completamente sozinho e, ali, percebi que tinha feito algo histórico. Nesse momento lembrei-me de quando em criança, a caminho da escola, costumava obrigar a minha mãe a comprar-me todas as cassetes de vídeo sobre motociclos no quiosque. Ia para casa e via-as, a sonhar ganhar, e esse dia finalmente tinha chegado. Celebrei sozinho e foi como alguém que chega ao topo do Monte Everest e não tem ninguém por perto para tirar-lhe uma fotografia’.

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Diogo Ventura ganhou no último fim de semana o Raid Paraíso do Todo-o-Terreno em Góis e Arganil – que homenageou o seu impulsionador José Alvoeiro, sob a designação Raid TT José Alvoeiro. A prova contou para o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (CNTT).

Em motos, Bernardo Megre (KTM) entrou mais forte ao ter a supremacia no prólogo batendo Ventura (Beta) por 0,4s – ambos na classe TT2. Micael Simão (GasGas) concluiu em terceiro, sendo o primeiro TT3.

No primeiro setor seletivo, o mais veloz foi Simão, que ao fim do primeiro dia estava 42 segundos na frente de Megre, sendo Bruno Santos (Husqvarna) o terceiro classificado com Ventura em quarto.

Mas o domingo foi o dia decisivo, com um longo setor seletivo de 246,5 km. A competir em casa, Ventura foi o mais forte, batendo Simão por 2m51,6s. Na geral final, Ventura ficou 1m14,4s na frente de Simão, sendo que os dois venceram as respetivas classes – TT2 e TT3. Santos fechou o pódio, com Gustavo Gaudêncio (Honda) em quarto a sair vitorioso em TT1. Megre fechou o top cinco na frente de outro dos pilotos da casa, Gonçalo Bandeira (GasGas) e de Fábio Magalhães (Honda) – que foi segundo de TT1.

Em declarações à A2 Comunicação, Ventura comentou: ‘Mais uma vitória em Góis – é a minha terceira vitória no Raid de Góis. Como sabem, não sou presença habitual nos raides. Em Góis, pelo clube e pelas pessoas que me apoiam, gosto sempre de estar presente. Vir aqui ganhar foi bom. No sábado tive um dia muito mau, com problemas nos óculos. No domingo, puxei mesmo e também, quem sabe… não me dedico a 100 por cento a ser piloto hoje em dia, mas sem dúvida que é bom sair com a vitória e podê-la oferecer ao Zé [José Alvoeiro] – um amigo, e ele está lá em cima e mereceu’.

Nas outras categorias, Tomás Paulo (Yamaha) sagrou-se vencedor nos quad de forma dominadora ao ganhar o prólogo e os dois setores seletivos, batendo Luís Fernandes (Yamaha) por 2m08,2s, sendo Luís Pimenta a fechar o pódio. Quanto aos SSV, Roberto Borrego e Daniel Jordão (Can-Am) foram os mais fortes no prólogo e, apesar de terem perdido a liderança no SS 1, recuperaram-na no SS 2 para serem os vencedores. Hélder Rodrigues (Polaris) até foi o mais forte no primeiro setor seletivo, mas a posição em estrada não o favoreceu no SS 2 e acabou em segundo. Nélson Caxias/André Lopes (Can-Am) fecharam o pódio.

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Daniel Sanders foi o mais forte da quarta e penúltima etapa do Abu Dhabi Desert Challenge. Está, assim, muito perto da vitória final, que seria a segunda na época do Mundial de Rally-Raid (W2RC) depois do Dakar. Martim Ventura alcançou o top dez do dia.

Esta quarta-feira, o piloto da Red Bull KTM precisou de 2h51m14s para completar 300km cronometrados na quarta etapa. Bateu Adrien van Beveren (Monster Energy Honda) por 3m23s, seguindo-se José Ignacio Cornejo (Hero) a 4m52s.

Michael Docherty (SRG Motorsports/Husqvarna) surpreendeu com o quarto tempo, sendo o melhor Rally2, com Ricky Brabec (Monster Energy Honda) a ser quinto. Mais abaixo, Ventura (Old Friends Rally Team/Husqvarna) foi terceiro dos Rally2 e décimo no absoluto.

Quando falta uma etapa, Sanders lidera com 7m23s de avanço para Brabec, enquanto Luciano Benavides (Red Bull KTM) é terceiro a 8m46s. Van Beveren e Tosha Schareina (Monster Energy Honda) completam o top cinco. Docherty lidera em Rally2 no oitavo posto, classe em que Ventura é segundo graças ao 12.º lugar na geral absoluta.

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Daniel Sanders é o novo líder do Abu Dhabi Desert Challenge, segunda ronda do Mundial de Rally-Raid (W2RC). Para isso, ganhou a segunda etapa.

Depois de Tosha Schareina (Monster Energy Honda) ser o mais veloz nos dois primeiros dias, o vencedor do Dakar não deu chances na segunda etapa. O piloto da Red Bull KTM completou os 228km cronometrados com início e fim em Mezzer’ah gastando 3h01m35s.

José Ignacio Cornejo (Hero) foi segundo a 3m59s, seguindo-se Adrien van Beveren (Monster Energy Honda). Luciano Benavides (Red Bull KTM) e Skyler Howes (Monster Energy Honda) fecharam o lote dos cinco mais velozes, enquanto Schareina foi apenas sétimo a mais de nove minutos do vencedor.

A três etapas do fim, Sanders é o novo líder da classificação geral, com 2m25s de avanço para Benavides. Schareina desceu a terceiro, estando a 2m43s do topo. Ricky Brabec (Monster Energy Honda) e Cornejo completam o top cinco.

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