Andrea Iannone ocupa uma posição única no paddock do WorldSBK para comentar a mudança de Toprak Razgatlioglu para a MotoGP. O piloto italiano da Team Pata Go Eleven viveu na primeira pessoa a experiência de competir em ambos os campeonatos, tendo passado anos na categoria rainha antes de regressar às Superbikes, o que lhe confere uma perspetiva privilegiada sobre esta transferência.

A reação imediata de Iannone foi de genuína celebração, vendo na mudança de Razgatlioglu algo que transcende os interesses individuais do piloto turco. Para o italiano, esta transferência representa um momento importante para todo o motociclismo mundial, demonstrando a qualidade e o prestígio que o WorldSBK conseguiu alcançar como plataforma de desenvolvimento de talentos.

‘São muito boas notícias para todo o mundo das motos. O Toprak conseguiu uma oportunidade realmente fantástica para si próprio, fico contente por ele porque sei o quanto queria essa oportunidade’, comentou Iannone, revelando ter conhecimento das ambições de longa data do campeão turco em competir na categoria rainha do motociclismo.

O piloto de 35 anos, cuja própria carreira foi marcada por altos e baixos entre diferentes campeonatos, compreende perfeitamente o significado desta oportunidade para Razgatlioglu. Tendo experienciado ele próprio as pressões e exigências da MotoGP, Iannone sabe que o talento do turco será posto à prova de uma forma completamente diferente na nova categoria.

‘Penso que se vai divertir muito com eles na MotoGP, por isso boa sorte Toprak!’, concluiu Iannone com um sorriso, demonstrando que, apesar da perda que esta partida representa para o WorldSBK, a felicidade genuína pelo sucesso de um colega de profissão supera qualquer consideração competitiva. Esta atitude reflete o espírito de camaradagem que, segundo muitos, distingue o paddock das Superbikes.

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Para Nicolo Bulega, a notícia da partida de Toprak Razgatlioglu para a MotoGP tem um sabor agridoce. O jovem italiano da Ducati, que este ano travou uma das batalhas pelo título mais emocionantes dos últimos tempos com o turco, admitiu ter sentimentos contraditórios relativamente a esta mudança que alterará drasticamente o panorama do WorldSBK.

Como rival direto de Razgatlioglu na luta pelo campeonato de 2025, Bulega desenvolveu uma compreensão profunda das qualidades excepcionais do piloto turco. A intensidade das suas batalhas em pista criou um respeito mútuo que transcende a competição, algo que se tornou evidente nas palavras do italiano sobre a partida do seu principal adversário.

‘Fico contente por ele ir para a MotoGP porque penso que é o seu sonho e acho que o merece. Esteve no WorldSBK durante muitos anos e sempre teve um desempenho a alto nível, por isso acho que merece uma oportunidade de subir à MotoGP’, declarou Bulega, reconhecendo o percurso excecional de Razgatlioglu no campeonato de Superbikes.

Contudo, o piloto de 25 anos foi honesto sobre o impacto pessoal desta partida na sua própria carreira. ‘Não fico tão contente por mim porque no próximo ano vou perder um rival muito bom. Gosto de lutar com ele porque não são batalhas sujas’, confessou Bulega, destacando a natureza limpa e respeitosa das suas disputas com o turco, algo que nem sempre é comum no desporto motorizado.

A partida de Razgatlioglu deixa uma interrogação sobre quem poderá preencher o vazio deixado pelo turco nas lutas pelo título. ‘Talvez no próximo ano venha outro piloto forte como ele, mas teremos de esperar para ver’, concluiu Bulega, ciente de que encontrar um substituto à altura do talento e carisma de ‘El Turco’ será uma tarefa difícil para o WorldSBK.

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Poucos pilotos no paddock atual têm a experiência única de Danilo Petrucci, que competiu tanto no WorldSBK como na MotoGP ao mais alto nível. O veterano italiano da Barni Spark Racing Team conhece intimamente os desafios e as diferenças entre ambos os campeonatos, tornando a sua opinião sobre a mudança de Toprak Razgatlioglu particularmente valiosa.

A reação de Petrucci à notícia foi imediata e calorosa, refletindo o respeito genuíno que nutre pelo campeão turco. ‘Estou muito contente por ele, considero o Toprak um bom rapaz, e um dos pilotos mais talentosos que já conheci, por isso estou realmente muito contente’, afirmou o italiano, cuja carreira lhe permitiu partilhar pista com alguns dos maiores nomes do motociclismo mundial.

O piloto de 34 anos, que fez a transição inversa da MotoGP para o WorldSBK, compreende perfeitamente as motivações por trás da decisão de Razgatlioglu. A MotoGP continua a ser vista como o pináculo do motociclismo mundial, e para um piloto com o talento e as conquistas do turco, dar esse passo representa uma progressão natural na carreira.

‘Vai ser fantástico vê-lo numa moto de MotoGP. Tem o potencial para ser realmente rápido, só precisa de se adaptar à moto e a tudo lá’, explicou Petrucci, baseando-se na sua própria experiência de adaptação entre diferentes filosofias de corrida. O italiano sabe que o talento puro de Razgatlioglu será um trunfo fundamental nessa transição.

Petrucci mostrou-se particularmente optimista quanto às perspetivas do turco na categoria rainha: ‘Penso que está a chegar numa boa altura para ele e que pode ser rápido desde o início, por isso estou entusiasmado por ele.’ Esta confiança baseia-se não apenas no talento evidente de Razgatlioglu, mas também na maturidade e experiência que o piloto adquiriu durante os seus anos dominantes no WorldSBK.

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A notícia da transferência de Toprak Razgatlioglu para a MotoGP causou um verdadeiro terramoto no paddock do WorldSBK, mas poucos pilotos conhecem tão bem as capacidades do turco como Álvaro Bautista. O piloto espanhol da Ducati, que formou com Razgatlioglu e Jonathan Rea o lendário ‘Trio Titanic’, reagiu com genuíno apoio à decisão do seu rival de longa data.

Durante a sua conferência de imprensa em Misano, Bautista não escondeu a admiração pelo percurso de Razgatlioglu no WorldSBK. ‘É sempre bom vê-lo a dar outro passo para ver como se vai sair na MotoGP, tem tido muito sucesso aqui e ganhou muitas corridas’, comentou o bicampeão mundial, reconhecendo o impacto que o turco teve na categoria.

O veterano piloto de 39 anos, que conhece bem os desafios de competir ao mais alto nível, foi realista sobre as dificuldades que aguardam Razgatlioglu na categoria rainha. A transição entre campeonatos nunca é simples, especialmente quando se trata de saltar do WorldSBK para a MotoGP, onde as diferenças técnicas e operacionais são substanciais.

‘Não será fácil adaptar-se, motos diferentes, pneus, pistas, mas fico contente por ele porque está a seguir o seu sonho e espero que consiga ter sucesso lá’, afirmou Bautista, demonstrando a camaradagem que existe entre os membros do ‘Trio Titanic’. O espanhol sabe que a rivalidade em pista não impede o respeito mútuo fora dela.

A saída de Razgatlioglu deixará um vazio significativo no WorldSBK, alterando completamente a dinâmica das lutas pelo título nos próximos anos. Para Bautista, que aos 39 anos continua a competir ao mais alto nível, a partida do turco representa o fim de uma era dourada de rivalidades intensas que marcaram o campeonato nos últimos anos.

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A Michelin será a nova fornecedora oficial de pneus do Campeonato do Mundo de Superbikes (WorldSBK) a partir da época de 2027, assumindo o papel que a Pirelli ocupa desde 2004.

O acordo terá a duração de cinco anos, estendendo-se até 2031, e abrange todas as categorias da competição: WorldSBK, WorldSSP, a recém-criada World Sportbike (WorldSPB) e o Mundial Feminino de Velocidade (WorldWCR). A entrada da Michelin promete um novo impulso tecnológico à competição, com foco na inovação, sustentabilidade e segurança.

A marca francesa irá apostar no desenvolvimento contínuo de pneus com maior durabilidade e desempenho, adaptando-se às exigências técnicas elevadas do campeonato. Esta mudança insere-se numa estratégia de evolução da competição, que procura beneficiar também os motociclistas fora das pistas, através de avanços aplicáveis à condução diária.

Com vasta experiência no desporto motorizado, a Michelin compromete-se a garantir um desempenho consistente em todas as condições e circuitos, reforçando o nível competitivo da grelha ao longo da época. Esta colaboração visa manter o equilíbrio e a exigência técnica que caracterizam o Mundial de Superbikes.

Até ao final de 2026, será ainda a Pirelli a garantir o fornecimento de pneus à grelha. O final desse ano assinalará o encerramento de uma era marcante, com mais de duas décadas de parceria que transformaram o WorldSBK na primeira competição global de motas a adoptar um fornecedor único de pneus – uma decisão pioneira que viria a ser replicada noutras modalidades de topo.

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Alvaro Bautista conquistou o terceiro lugar na segunda corrida de Misano, regressando aos pódios após seis corridas sem subir ao lugar mais alto do pódio. O bicampeão mundial da Aruba.it Racing – Ducati enfrentou um fim de semana particularmente desafiante, com as condições de temperatura elevada a prejudicarem o desempenho da sua máquina. Esta foi uma vitória importante para o piloto espanhol, que conseguiu superar as dificuldades técnicas e mostrar a sua experiência competitiva.

‘Foi um fim de semana muito difícil. A temperatura não ajudou e as manhãs foram melhores porque conseguia andar rápido e ser consistente’, explicou Bautista após a corrida. O piloto identificou as condições térmicas como o principal obstáculo ao seu desempenho, com a pista a tornar-se progressivamente mais complicada à medida que a temperatura subia

As dificuldades técnicas de Bautista centraram-se principalmente na travagem, um aspeto fundamental numa pista exigente como Misano. ‘À medida que a pista ficava mais quente tornava-se mais difícil. Nas condições quentes a moto é mais difícil de parar com pouca aderência e fui empurrado para fora várias vezes’, detalhou o espanhol.

O piloto reconheceu que teve ritmo para lutar pelo pódio no sábado, mas a posição de partida desfavorável complicou as suas aspirações. ‘Ontem tivemos ritmo para um pódio, mas partir de trás torna tudo difícil aqui. O pelotão está muito junto aqui, por isso foi importante ganhar posições na Superpole Race e partir melhor na Corrida 2’, analisou Bautista.

‘Lutei pelo pódio e estou contente por terminar em terceiro. Estou ansioso por melhorar as minhas sensações e ser mais competitivo’, concluiu Bautista, demonstrando otimismo para o futuro. Este resultado representa um passo importante na recuperação do piloto espanhol, que procura regressar à consistência que o levou aos títulos mundiais.

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Nicolo Bulega salvou um fim de semana complicado em Misano com um segundo lugar na corrida principal, limitando os danos na luta pelo título mundial de WorldSBK. O piloto italiano da Aruba.it Racing – Ducati partiu da quarta fila após o acidente na Superpole Race, mas mostrou uma recuperação impressionante ao chegar à segunda posição em apenas cinco voltas. A sua vantagem no campeonato reduziu-se para nove pontos sobre Toprak Razgatlıoglu, mantendo-se no entanto na liderança da classificação geral.

‘Não foi um fim de semana perfeito. Tive algum azar e estou contente com o meu segundo lugar na Corrida 2’, admitiu Bulega após a prova. O piloto de 25 anos reconheceu as dificuldades enfrentadas, mas mostrou-se satisfeito com a forma como conseguiu recuperar de uma posição desfavorável na grelha de partida. A sua capacidade de ultrapassagem foi evidente nos primeiros momentos da corrida, conseguindo passar sucessivamente Álvaro Bautista, Alex Lowes, Danilo Petrucci e Andrea Locatelli.

A remontada de Bulega foi espetacular, mas quando chegou à segunda posição, Razgatlıoglu já tinha estabelecido uma vantagem considerável. ‘Quando passei os pilotos à minha frente e cheguei à segunda posição, o Toprak já tinha uma grande vantagem’, explicou o italiano.

O piloto da Ducati optou por uma abordagem conservadora nos momentos finais da prova, priorizando os pontos importantes para o campeonato. ‘Decidi que terminar em segundo era o resultado inteligente porque apanhá-lo teria exigido assumir demasiados riscos’, justificou Bulega.

‘Ele estava muito forte, por isso parabéns a ele e à BMW’, concluiu Bulega, demonstrando espírito desportivo na derrota. Apesar do fim de semana difícil, o italiano mantém-se na liderança do campeonato e mostrou capacidade de resposta em situações adversas. A luta pelo título promete intensificar-se nas próximas rondas, com apenas nove pontos a separarem os dois protagonistas principais desta temporada de WorldSBK.

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Álvaro Bautista não esconde a frustração com o seu desempenho atual no Mundial de Superbike. Depois de um sexto lugar na Corrida 1 em Misano, o bicampeão sente-se desconectado da Ducati e admite que as sensações sobre a moto mudaram radicalmente. ‘Antes podia pilotar como queria, agora sinto-me como um passageiro quando as condições complicam’, lamentou.

O piloto espanhol referiu que, apesar de ter conseguido subir posições após partir de 11.º, nunca se sentiu verdadeiramente confortável em pista. A instabilidade da traseira e a falta de aderência impediram-no de atacar como gostaria. ‘Parecia que estava em gelo. Tentei travar tarde para ultrapassar o Lowes, mas fui completamente largo’, explicou.

Bautista apontou também que a nova construção dos pneus Pirelli está a dificultar ainda mais a adaptação. ‘Os SCQ funcionaram de manhã com frio, mas à tarde, com 10 °C a mais, penalizaram-nos. Não conseguimos extrair rendimento com calor’, disse, referindo-se ao impacto da temperatura.

Apesar da experiência e de um historial de domínio recente, Bautista sente que perdeu parte da sintonia que tinha com a Panigale V4 R. ‘Antes fazia a diferença mesmo com pouca aderência. Agora, com a nova moto, falta-me tração, sinto mais inércia nas saídas e não consigo fechar as curvas’, confessou.

O espanhol termina com um sinal de alerta: ‘A moto é difícil de virar e obriga-me a forçar. Se não encontrarmos soluções, será muito difícil recuperar o nível dos anos anteriores.’

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Axel Bassani mostrou-se arrependido após o incidente que o envolveu com Nicolo Bulega na Corrida Superpole do Mundial de Superbikes em Misano. A colisão entre os dois pilotos italianos obrigou ambos a abandonar prematuramente a prova.

A origem do contacto deu-se na travagem para a primeira curva, onde Bassani, que largava da frente, tentou posicionar-se entre Toprak Razgatlioglu e Bulega. Ao tentar travar mais tarde, perdeu a frente da moto e tocou em cheio no adversário.

‘Sinto muito por ter colidido com o Nicolo’, afirmou Bassani ao site oficial do campeonato. ‘Estava apenas a tentar manter o segundo lugar, sem fazer nada de anormal. Ele conseguiu travar melhor do que eu e fechou-me a porta. Tentei tudo para evitar o contacto, mas perdi a frente e caímos.’

O italiano fez questão de reconhecer a importância do momento para Bulega: ‘Sinto muito por ele, pela Ducati e pela equipa dele, porque estão a lutar pelo campeonato e eu não. Não gosto de correr assim. Não sou um piloto que tenta derrubar os outros – especialmente o Nicolo, porque ele está a lutar por algo que é mesmo importante.’

Sobre a penalização dupla que lhe foi aplicada – duas voltas longas – Bassani mostrou-se compreensivo: ‘O meu sentimento é como o de qualquer pessoa normal: sinto-me mesmo mal. Mas somos pilotos profissionais, tentei fazer a minha corrida normalmente e dar o meu melhor.’

E concluiu com autocrítica: ‘Acho que a penalização é justa. Quando se provoca uma queda destas, é justo ser penalizado. Faz parte do jogo – aceito-a e vou tentar não repetir no futuro.’

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Nicolò Bulega saiu de Misano com dois pódios, mas também com visível frustração após um incidente na Superpole Race com Axel Bassani. O italiano não escondeu o desagrado com a atitude do compatriota depois do episódio.

Em declarações ao GPOne Bulega lamentou a ausência de um pedido de desculpa: ‘Não, e isso é o que mais lamento. Na gravilha justificou-se dizendo que a frente da moto lhe fugiu, mas nas imagens vê-se claramente que isso só aconteceu depois de me bater. Preferia que tivesse vindo ao meu box pedir desculpa a mim e à equipa, não publicar uma história no Instagram. Foi uma manobra estúpida na primeira curva. Um erro de principiante.’

O piloto da Ducati destacou que o impacto do toque condicionou o resto do seu domingo. Depois da queda, teve de partir da décima posição na Corrida 2, numa pista onde ultrapassar é tudo menos simples.

Apesar de ter conseguido minimizar os danos com dois segundos lugares, Bulega admitiu que esperava mais, sobretudo por estar a correr em casa. O contraste com o fim de semana perfeito de Toprak Razgatlıoğlu tornou a sensação ainda mais amarga.

A relação entre os dois italianos ficou abalada e a tensão pós-corrida foi evidente. Bulega reforçou que espera mais respeito e responsabilidade em pista, especialmente entre compatriotas e colegas de profissão.

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